
Produto da nova incurs�o de Dori – respons�vel por arranjos e produ��o – na obra do pai, o disco tem parte do repert�rio inspirada no livro O cancioneiro da Bahia, de 1947, al�m de outras publica��es que abordam a consagrada m�sica de Dorival Caymmi. Com pref�cio de Jorge Amado, a publica��o � considerada o primeiro songbook de que se tem not�cia no Brasil, reunindo hist�rias da Bahia presentes nas can��es praieiras e sambas do mestre, al�m de nas can��es recolhidas por ele do folclore.
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Se por um lado as cantigas de Dorival mant�m a magia, gra�as � tem�tica baiana, por outro o mestre surpreende em cria��es como o fado Francisca Santos das Flores, oportunamente resgatado pelo novo disco da fam�lia. “Nana ficou t�o empolgada na grava��o que saiu dando uma de Am�lia Rodrigues”, diz, emocionado, Dori, admitindo que a pegada portuguesa que a irm� deu � can��o – um dos mais belos momentos do disco – foi muito espont�nea.
Al�m desta, no disco Nana ainda canta Hist�ria pro sinhozinho, os pot-pourris Modinha para Teresa Batista/Vamos falar de Teresa (com os irm�os Danilo e Dori Caymmi), e Sereia e Rainha do mar/Cantiga de cego (com os mesmos) e A m�e d’�gua e a menina. J� Danilo e Dori v�o de Quando eu durmo /Balaio grande, al�m de Caminhos do mar, Itapo� e Roda pi�o. “O disco � apenas o come�o”, avisa Dori, que cultiva planos de novas homenagens ao pai no decorrer do ano do centen�rio.
SEM INVENTAR �s v�speras de voltar a Los Angeles (EUA), onde vive, o arranjador, cantor, compositor e produtor lembra que vem se dedicando �s partituras do pai, por meio das quais a fam�lia dever� chegar a outros produtos comemorativos � data, tais como livros e shows, al�m de discos. A prop�sito de Nana, Dori e Danilo – Caymmi ele garante que tudo foi feito dentro do respeito da vis�o que o pr�prio Caymmi tinha de sua obra. “Sem inventar, mas, claro, com arranjos mais modernos”, pondera Dori.
Debru�ado sobre o projeto desde o fim do ano passado, Dori Caymmi diz que ele foi achando o viol�o adequado para cada can��o do disco, inspirando-se para tanto desde em O cancioneiro da Bahia at� outras publica��es dedicadas � obra de Dorival Caymmi. No disco, os herdeiros lan�am um novo olhar sobre can��es menos conhecidas do pai, algumas das quais datadas dos anos 1940.
Reprodu��o de um autorretrato de Dorival Caymmi, pintado pelo pr�prio m�sico, a capa do CD j� d� ideia de seu conte�do, com direito � reprodu��o de v�rios quadros pintados por ele no encarte. Entre as parcerias, destaque para as feitas com o escritor baiano Jorge Amado. A come�ar de Modinha para Tereza Batista, especialmente criada pelos dois para a miniss�rie Tereza Batista, da TV Globo.
Outra parceria de Caymmi e Amado � Retirantes, que fez parte da trilha da novela Escrava Isaura. Dori faz quest�o de lembrar que a escolha recaiu sobre as lembran�as de inf�ncia dos filhos, que jamais esquecem, por exemplo, da m�e Stella Maris Caymmi cantarolando pela casa o fado Francisca Santos das Flores. Depois de S�o Paulo, onde foi oficialmente lan�ado, o show do disco dever� viajar em turn� pelo pa�s.